segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Dona Dominga - Cabernet Sauvignon Carmenere - 2010


Aqui no Rio de Janeiro vinho de presença constante nas prateleiras do Supermercado Zona Sul, muitas vezes com preços bem convidativos (R$ 13,90 antes do Natal), este típico Chileno não faz feio apesar de ser um vinho simples.
A Casa Silva, dona da marca é uma das mais antigas vinículas do Chile. Localizada no Vale do Colchagua, tem um linha bem diversificada com vinhos de primeira linha e premiados.
Este aqui, um corte de Cabernet Sauvignon e Carmenere é um vinho muito razoável e tem uma ótima relação custo benefício. A agressividade da Cabernet Sauvignon foi amansada com a carmenere, fazendo assim um vinho bem agradável.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi com reflexos violáceos nas bordas. Lágrimas discretas, mas persistentes.
No nariz, frutas vermelhas como ameixa, amoras e um pouco de madeira. Nada muito expressivo, mas gostoso.
Na boca um vinho macio e bem equilibrado. Nada surpreendente, nada exuberante, porém bem honesto e suficiente para um bom jantar.
Vai bem com carnes vermelhas. Eu o degustei com um strogonoff de carne com arroz e batatas e ficou ótimo...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Monte Velho - Alentejo - 2008


Este é uma daqueles vinhos que sempre tenho em minha adega. É o tal do BB, bom e barato.
Mas não se engane. Por trás deste rótulo sóbrio e bonito tem um vinho bem agradável e bom o suficiente para fazer bonito em qualquer mesa.
Mais um típico Alentejano, corte das uvas Trincadeira, Aragonês e Castelão este vinho tem reunidas as boas características dos vinhos Portugueses. Vinho macio, fácil de beber e que sempre pede comida. Vai bem com um bom pescado em molho, uma carne vermelha grelhada ou mesmo um assado. Ou seja, vinho versátil.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso, com bordas violáceas. Lágrimas persistentes.
No nariz frutas vermelhas, baunilha, chocolate e um pouquinho de especiarias.
Na boca vinho leve e macio com taninos redondos. Vinho fácil de beber.
E como não poderia deixar de ser, preço imbatível nos Supermercados Mundial (R$24,90). Pechincha.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Hedoné Malbec - 2006 Gran Reserva


Não importa o estabelecimento comercial que eu entre, se houver uma pequena gôndola que seja com algumas garrafas de vinho, sempre dou uma olhada.
E assim, em lugares improváveis às vezes encontro algum vinho bem interessante.
Este é o caso. Encontrei este vinho num hortifrutti, perto de minha casa. Eles na verdade são uma rede, chamada tuttifrutti.
O que chamou minha atenção é que se tratava de um Gran Reserva 2006 e é claro o preço, R$34,99. Não resisti e comprei uma garrafa.
Belíssima surpresa. Um excelente vinho, especialmente com este preço bem convidativo.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho intenso com reflexos violáceos. Lágrimas densas e bonitas.
No nariz uma explosão de odores: madeira, baunilha, chocolate, pimenta, frutas vermelhas bem maduras. Muito agradável.
Na boca um vinho macio e carnudo. Taninos redondos e potentes. Apesar de já estar muito bom, acredito que vai bem mais uns 2 ou 3 anos em adega.
Enfim, num lugar improvável uma bela surpresa. Excelente compra.
Ah, não fiquei somente com aquela primeira garrafa. Voltei lá e comprei mais algumas.....

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Surazo - Cabernet Sauvignon - 2006


Já faz algum tempo que ando meio enjoado dos típicos vinhos Chilenos. Em minha opinião, em especial nos vinhos mais populares, a impressão que tenho é que são todos os mesmos vinhos. Estão de certa forma padronizando o jeito de fazê-los, na tentativa de garantir o mercado.
A consequência disso são vinhos muito parecidos e sem personalidade.
Pois bem, felizmente sempre há exceções: almoçando com um amigo, por sugestão do maitre, tomamos uma meia garrafa deste vinho bastante interessante.
O Surazo é produzido pela vinícola Santa Monica e tem como principal diferencial manter seus vinhos mais tempo em barrica e depois em garrafa, para só então comercializá-los.
Isto nos brinda com um vinho bem equilibrado, macio e realmente diferente.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso com reflexos violáceos nas bordas.
No nariz frutas vermelhas bem maduras, chocolate e baunilha.
Na boca um vinho macio e bem equilibrado. Taninos bem redondos.
Querendo sair do lugar comum dos vinhos chilenos, esta ai uma boa opção.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Real Lavrador Branco - Alentejo - 2009


Comprar vinhos baratinhos é quase sempre certeza de coisa ruim ou no mínimo sem graça.

Mas os portugueses estão a cada dia mais danados e mesmo vinhos bem simples vindos da terrinha são agradáveis e fáceis de beber.

Particularmente os vinhos brancos, como este, oriundos de duas castas autóctones bem peculiares, Roupeiro e Rabo de Ovelha, são então muito bons e parafraseando a cerveja, descem redondos.

Este vinho em especial, por módicos R$12,90 no Supermercado Mundial, é imbatível.

Vamos ao vinho:

Na taça, amarelo esverdeado translúcido com lágrimas discretas.

No nariz, frutas cítricas maduras como maracujá e abacaxi. Um pouco de pêra e melão também.

Na boca um vinho simples, porém bem agradável, com bom corpo e acidez.

Vai bem com comidas "brancas" e petiscos leves.

Dever ser servido bem gelado (6 a 8 oC) e assim combinando bem com o verão ai chegando.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Vinho e Amigos - Sempre combina

Muito se fala e se escreve sobre a harmonização do vinho com a comida.

Mas tem outra harmonização que acho perfeita por sua natureza. Ela não tem regras, ela não esta nos livros ou apostilas.

Ela normalmente surge espontaneamente e se mantêm meio que por vontade própria.

Mesmo que o vinho não seja lá grande coisa, isso pouco importa, pois o que se esta harmonizando é os amigos.

Nada pode ser mais "harmonioso" que uma garrafa de vinho rodeada de amigos.

Os brindes se sucedem, o vinho vai e logo logo outra garrafa aparece...

Muitas vezes vinda de uma prosaica loja de conveniência de um posto, hora nem vinho é, mas apenas um licor esquecido em um armário...

Não importa a harmonização esta sempre perfeita.

Então mesmo que vosso domínio sobre vinhos não seja tão grande assim, não economize na harmonização. Chame os amigos e harmonize a vontade, afinal com o vinho harmonizado ou não o que importa são os amigos.








sábado, 6 de novembro de 2010

Vinha Grande - Douro - 2002


Escrever sobre um vinho é sempre uma responsabilidade muito grande, pois é a tentativa de traduzir em palavras algo muito subjetivo que é o gosto e a percepção de quem escreve. Imagine então quando entra nesta equação um vinho reconhecidamente bom e presenteado por um querido amigo.
Difícil tentar ser imparcial ou crítico não é mesmo?
Mas eu vou tentar:
Os vinhos portugueses tem seu jeitão próprio e juntando uma boa refeição sempre fazem este prazer de comer e beber um vinho em algo memorável.
Este vinho tem equilíbrio, elegância e fez meu jantar ser bem especial.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso e brilhoso com bordas violáceas.
No nariz groselha, frutas secas e madeira.
Na boca um vinho macio e muito fácil de beber. Vai bem com carne ou até mesmo um peixe em molho mais encorpado.
Um vinho interessante e bom demais de se ganhar de presente.