Vamos primeiramente ao Sul-Africano
STELLENZICHT AFRICA DO SUL 2005 SHIRAZ

Aqui se confirma o que muitos descrevem. Esta uva se deu muito bem naquelas terras do sul da África. Este vinho, apesar de não ser um top de linha, muito me agradou:
Na taça vermelho granada intenso, lágrimas espessas em profusão. No nariz nozes, pimenta, frutas maduras e couro no final. Estava um pouco fechado, mas delicado e harmonioso. Na boca vinho redondo, macio e agradável. Taninos médios e acidez equilibrada, levemente picante. Ótima companhia para um carne em tempero médio, ou simplesmente um bifão grelhado.
Comprei este vinho no Free Shop por cerca de U$20,00. Não é exatamente uma pechincha, mas acho que vale a pena. Bom vinho. Se você não conhece esta uva, ai esta um excelente representante.
NIETO SENETINER ARGENTINA 2005 SYRHAZ
Este aqui me confirma que a Malbec é que é a uva da Argentina. Este vinho esta literalmente quadrado. Especialmente por tê-lo tomado junto com o Sul-Africano, suas deficiências ficaram mais gritantes ainda. Já testei outros Shiraz Argentinos e de um modo geral esta foi minha impressão. Não deu certo.Na taça vermelho embaçado, cor de amora. Lágrimas finas. No nariz ameixa madura, um pouco de especiarias, mas notadamente álcool. Na boca o vinho esta áspero, seco, muito picante. Taninos agressivos. Enfim, um vinho desagradável. Não tenho certeza se poderia evoluir, apesar de bem tânico ainda. Acho que faltou harmonia.
Comprei-o na Menu Especial por cerca de R$40,00. Sinceramente não valeu.
Fica ai mais uma vez a comprovação do quanto o terroir pode influenciar no resultado final de um vinho. Não basta apenas ter a uva certa, a vinícula mais moderna ou o Enólogo mais famoso. Sem Terroir não tem mágica.
A propósito, Torroir e a definição em Francês para o conjunto solo/clima de uma determinada região. Muitas vezes regiões muito próximas (apenas alguns quilômetros, ou até mesmo metros) têm sutis diferenças que resultam em vinhos bem diferentes.


