segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Monte Velho - Alentejo - 2008


Este é uma daqueles vinhos que sempre tenho em minha adega. É o tal do BB, bom e barato.
Mas não se engane. Por trás deste rótulo sóbrio e bonito tem um vinho bem agradável e bom o suficiente para fazer bonito em qualquer mesa.
Mais um típico Alentejano, corte das uvas Trincadeira, Aragonês e Castelão este vinho tem reunidas as boas características dos vinhos Portugueses. Vinho macio, fácil de beber e que sempre pede comida. Vai bem com um bom pescado em molho, uma carne vermelha grelhada ou mesmo um assado. Ou seja, vinho versátil.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso, com bordas violáceas. Lágrimas persistentes.
No nariz frutas vermelhas, baunilha, chocolate e um pouquinho de especiarias.
Na boca vinho leve e macio com taninos redondos. Vinho fácil de beber.
E como não poderia deixar de ser, preço imbatível nos Supermercados Mundial (R$24,90). Pechincha.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Hedoné Malbec - 2006 Gran Reserva


Não importa o estabelecimento comercial que eu entre, se houver uma pequena gôndola que seja com algumas garrafas de vinho, sempre dou uma olhada.
E assim, em lugares improváveis às vezes encontro algum vinho bem interessante.
Este é o caso. Encontrei este vinho num hortifrutti, perto de minha casa. Eles na verdade são uma rede, chamada tuttifrutti.
O que chamou minha atenção é que se tratava de um Gran Reserva 2006 e é claro o preço, R$34,99. Não resisti e comprei uma garrafa.
Belíssima surpresa. Um excelente vinho, especialmente com este preço bem convidativo.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho intenso com reflexos violáceos. Lágrimas densas e bonitas.
No nariz uma explosão de odores: madeira, baunilha, chocolate, pimenta, frutas vermelhas bem maduras. Muito agradável.
Na boca um vinho macio e carnudo. Taninos redondos e potentes. Apesar de já estar muito bom, acredito que vai bem mais uns 2 ou 3 anos em adega.
Enfim, num lugar improvável uma bela surpresa. Excelente compra.
Ah, não fiquei somente com aquela primeira garrafa. Voltei lá e comprei mais algumas.....

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Surazo - Cabernet Sauvignon - 2006


Já faz algum tempo que ando meio enjoado dos típicos vinhos Chilenos. Em minha opinião, em especial nos vinhos mais populares, a impressão que tenho é que são todos os mesmos vinhos. Estão de certa forma padronizando o jeito de fazê-los, na tentativa de garantir o mercado.
A consequência disso são vinhos muito parecidos e sem personalidade.
Pois bem, felizmente sempre há exceções: almoçando com um amigo, por sugestão do maitre, tomamos uma meia garrafa deste vinho bastante interessante.
O Surazo é produzido pela vinícola Santa Monica e tem como principal diferencial manter seus vinhos mais tempo em barrica e depois em garrafa, para só então comercializá-los.
Isto nos brinda com um vinho bem equilibrado, macio e realmente diferente.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso com reflexos violáceos nas bordas.
No nariz frutas vermelhas bem maduras, chocolate e baunilha.
Na boca um vinho macio e bem equilibrado. Taninos bem redondos.
Querendo sair do lugar comum dos vinhos chilenos, esta ai uma boa opção.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Real Lavrador Branco - Alentejo - 2009


Comprar vinhos baratinhos é quase sempre certeza de coisa ruim ou no mínimo sem graça.

Mas os portugueses estão a cada dia mais danados e mesmo vinhos bem simples vindos da terrinha são agradáveis e fáceis de beber.

Particularmente os vinhos brancos, como este, oriundos de duas castas autóctones bem peculiares, Roupeiro e Rabo de Ovelha, são então muito bons e parafraseando a cerveja, descem redondos.

Este vinho em especial, por módicos R$12,90 no Supermercado Mundial, é imbatível.

Vamos ao vinho:

Na taça, amarelo esverdeado translúcido com lágrimas discretas.

No nariz, frutas cítricas maduras como maracujá e abacaxi. Um pouco de pêra e melão também.

Na boca um vinho simples, porém bem agradável, com bom corpo e acidez.

Vai bem com comidas "brancas" e petiscos leves.

Dever ser servido bem gelado (6 a 8 oC) e assim combinando bem com o verão ai chegando.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Vinho e Amigos - Sempre combina

Muito se fala e se escreve sobre a harmonização do vinho com a comida.

Mas tem outra harmonização que acho perfeita por sua natureza. Ela não tem regras, ela não esta nos livros ou apostilas.

Ela normalmente surge espontaneamente e se mantêm meio que por vontade própria.

Mesmo que o vinho não seja lá grande coisa, isso pouco importa, pois o que se esta harmonizando é os amigos.

Nada pode ser mais "harmonioso" que uma garrafa de vinho rodeada de amigos.

Os brindes se sucedem, o vinho vai e logo logo outra garrafa aparece...

Muitas vezes vinda de uma prosaica loja de conveniência de um posto, hora nem vinho é, mas apenas um licor esquecido em um armário...

Não importa a harmonização esta sempre perfeita.

Então mesmo que vosso domínio sobre vinhos não seja tão grande assim, não economize na harmonização. Chame os amigos e harmonize a vontade, afinal com o vinho harmonizado ou não o que importa são os amigos.








sábado, 6 de novembro de 2010

Vinha Grande - Douro - 2002


Escrever sobre um vinho é sempre uma responsabilidade muito grande, pois é a tentativa de traduzir em palavras algo muito subjetivo que é o gosto e a percepção de quem escreve. Imagine então quando entra nesta equação um vinho reconhecidamente bom e presenteado por um querido amigo.
Difícil tentar ser imparcial ou crítico não é mesmo?
Mas eu vou tentar:
Os vinhos portugueses tem seu jeitão próprio e juntando uma boa refeição sempre fazem este prazer de comer e beber um vinho em algo memorável.
Este vinho tem equilíbrio, elegância e fez meu jantar ser bem especial.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso e brilhoso com bordas violáceas.
No nariz groselha, frutas secas e madeira.
Na boca um vinho macio e muito fácil de beber. Vai bem com carne ou até mesmo um peixe em molho mais encorpado.
Um vinho interessante e bom demais de se ganhar de presente.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

EA - 2008


Produzido pela conceituada Adega Cartuxa, da vinícola Eugênio Almeida, este típico vinho do Alentejo tem uma excelente relação custo benefício.
É fácil ignorá-lo nas gôndolas de um supermercado. Seu rótulo espartano e poucas referências podem levá-lo a imaginar que se trata de um vinho inexpressivo.
Nada disso. Este primeiro vinho desta casa (o mais importante vinho deles é o Cartuxa, aliás, vinho maravilhoso que já mencionei aqui no blog) não deixa nada a desejar em se tratando de bons vinhos portugueses.
Nos Supermercados Mundial, vez ou outra ele esta em promoção, como no último final de semana, por apenas R$26,90. Uma verdadeira pechincha.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho granada intenso com lágrimas discretas mas persistentes.
No nariz chocolate, caramelo, frutas vermelhas bem maduras. Intenso e equilibrado.
Na boca um vinho macio com taninos redondos. Enche a boca e pede comida.
Vai bem com carnes vermelhas em molho rico. Uma macarronada da mama também é uma boa pedida.
Se você ainda não conhece bem vinhos portugueses este é sem dúvida uma ótima opção para começar esta descoberta.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mythique Languedoc - 2009


Este é uma daqueles vinhos que acho "perdido" em um gôndola de supermercado e acabo comprando para testar.
Como já escrevi aqui muitas vezes, vinhos do velho mundo por um preço módico são sempre uma expectativa. Na maioria das vezes vinhos ruins.
Bem, este vinho não é ruim. Não é também um vinho top, porém é bem interessante.
Está por R$28,00 reais no Supermercado Zona Sul. Acho que vale a pena experimentar e ter uma idéia mínima dos vinhos do sul da França.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso com lágrimas discretas.
No nariz um vinho discreto. Pimenta, herbácio e um pouco de café.
Na boca um vinho com taninos bem marcantes solicitando uma combinação com carne vermelha e molhos.
Em resumo um vinho relativamente simples, mas interessante.

sábado, 16 de outubro de 2010

Champanharia Ovelha Negra - um lugar para conhecer




Happy hour combinado, chopinho no centro da cidade era o que eu imaginava.
Ai uma colega sugere uma "champanharia".....
Não podia imaginar nada mais improvável, especialmente aqui no Rio de Janeiro.
Pois bem, ótima sugestão da moça. O lugar é bem maneiro e mistura a rusticidade do ambiente de um velho casarão com um pouco de sofisticação de montes de garrafas de espumantes para todo lado. É isso mesmo. A única bebida disponível são espumantes. Tem dos mais simples nacionais até grandes rótulos dos champangnes franceses....
No balcão uma inusitada banheira antiga cheia de gelo e muitas garrafas de espumantes.
Vale uma ida para conhecer o local e a oportunidade de apreciar estes vinhos maravilhosos...
Fica na rua Bambina, 120 Botafogo, Rio de Janeiro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Do Lugar - Merlot Cabernet - meia garrafa


Na minha busca pelas meias garrafas, encontrei este aqui no Supermercado Zona Sul.
Fazia tempo que não bebia um vinho da Dal Pizzol, mas em função da disponibilidade de estar em meia garrafa, comprei duas garrafinhas.
Como já escrevi aqui muitas vezes, não me empolguei ainda com nenhum vinho tinto nacional. Notadamente são vinhos sem personalidade e principalmente muito caros quando um pouco melhores.
Este aqui é o caso. R$15,00 a garrafinha é um tanto muito para um vinho bem simples. Por este preço ou um pouco mais se pode comprar uma garrafa inteira de um chileno bem razoável ou equivalente.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso, com reflexos violáceos nas bordas. Lágrimas discretas.
No nariz frutas vermelhas maduras, um pouco de baunilha e mato verde.
Na boca um vinho correto, macio e até mesmo agradável, porém muito simples.
Bebendo assim, sem compromisso, somente com a intenção de substituir um eventual refrigerante no jantar, até que vai bem.
Mas insisto que o preço não esta à altura do vinho, especialmente por ser um vinho nacional.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Miolo Seleção Chardonnay/Riesling - 2009


Resolvi postar sobre este vinho muito mais com a intenção de falar sobre as "meia garrafas" do que propriamente do vinho.

Na verdade é quase um protesto em relação a ínfima quantidade de opções em meia garrafa (375ml) disponíveis no mercado.

Sou um costumaz tomador de vinhos e sempre o faço numa boa companhia, o que faz uma garrafa de 750ml ser bem adequada.

Porém quando não posso desfrutar de uma boa companhia, quero ainda continuar tomando meu vinho. Uma garrafa passa ser muito e a opção de meia garrafa seria o mais razoável.

Ai começam os problemas: Em alguns supermercados, por exemplo, nem há esta opção. Quando muito 2 ou 3 rótulos e notadamente de vinhos bem simples, como é o caso deste aqui.

É uma pena, pois tenho certeza de que em havendo a opção, haverá com certeza a demanda.

Fica ai uma sugestão para as vinícolas e para os importadores: mais meia garrafas no mercado por favor....

Mas vamos ao vinho:

Na taça amarelo esverdeado, límpido e bonito.

No nariz maçã verde, maracujá verde e melão.

Na boca um vinho correto, sem grandes pretensões, mas bem adequado.

Boa relação custo / benefício para uma meia garrafa (R$12.50) e atende bem esta demanda de um bebedor solitário...rsrsrsrs

domingo, 26 de setembro de 2010

Angelica Zapata Malbec - 2005





Mais um vinho que abri com uma tremenda expectativa, pois afinal, este vinho tem sido ovacionado em diversas publicações e sempre com comentários bem favoráveis.


Gostei do vinho, mas fiquei um tanto decepcionado.


Minha referencia para vinhos Argentinos são os também Malbec Val de Flores e Achaval Ferrer.

São vinhos potentes e muito extruturados, saborosos, carnudos mesmo.

Neste aqui achei que ficou faltando um pouco desta "potência". É um excelente vinho, mas imaginava algo mais. Há inclusive uma curiosidade: a garrafa é muito pesada. Deve ser o dobro de uma garrafa típica de vinho. Este item acabou me rementendo uma vez mais a um vinho potente e encorpado.


Na verdade encontrei um vinho de certa maneira estranho, devido a sua coloração (vinho estava quase roxo), e com primeiras notas claramente de amora. Achei isto muito interessante. O vinho era todo amora.

Vamos ao vinho:

Na taça vermelho indo parao roxo, cor de amora mesmo, com lágrimas bem definidas.

No nariz frutas vermelhas de um modo geral, mas notadamente amoras bem maduras.

Na boca um vinho bem agradável, macio com taninos bem equilibrados. Não "enche" a boca mas é um bom vinho.

Talvez sua relação custo benefício não seja lá tão boa. Aqui no Brasil ele esta custando cerca de R$100,00.
E uma vez mais fica aquela questão da escolha ter sido feita mais pelo rótulo e pelas avaliações.

Esta ai o grande estímulo a todo enófilo: ir decobrindo vinhos realmente bons, com um custo razoável e um tanto fora do alcance do grandes críticos.

Beni di Batasiolo - Barolo - DOCG - 2005

Este é o terceiro vinho desta casa que tomo e criei uma grande expectativa, pois os dois anteriores foram muito bons (respectivamente um Chianti e um Lovrana).

E isto pode ser um problema ao degustar um vinho. Expectativa. É quando um rótulo acaba falando mais que o conteúdo.
É óbvio que não se trata de um vinho ruim. Longe disso. Na verdade é vinho bem razoável. Mas este foi o problema, acabei achando-o apenas razoável. Um bom vinho, mas certamente não um representante a altura dos míticos Barolos.

Além disso, o danado esta por US$45,00 no FreeShopping ou cerca de R$100,00 aqui no Brasil. Ou seja, numa faixa de preço que podemos certamente encontrar ótimos vinhos.


Vamos ao vinho:

Na taça vermelho granada translucido com lágrimas bem marcantes.

No nariz notas florais, especiarias e um pouco de couro.

Na boca um vinho agradável e bem equilibrado, mas não intenso e "completo" como eu esperava.

Enfim, apesar de ser um bom vinho, especialmente pelo preço, imaginava algo mais poderoso.

sábado, 25 de setembro de 2010

Coisas Espirituosas Sobre Vinho

O vinho é inocente, só o bêbado é culpado. Provérbio russo






Há mais filosofia e sabedoria numa garrafa de vinho, que em todos os livros. Louis Pasteur






Uma pipa de vinho pode realizar mais milagres que uma igreja cheia de santos. Provérbio italiano






Mais vale beber demasiado vinho bom, que pouco e ruim. Georges Courteline





Entrai no mundo do vinho sem outra formacão profissional para além de uma certa gula para as boas garrafas! Colette






O vinho é a parte intelectual de uma refeição. As carnes e legumes não são mais que a parte material. Alexandre Dumas






O que sabe saborear não bebe demasiado vinho, mas desfruta dos seus suaves segredos... Salvador Dali






Existem cinco boas razões para beber vinho: a chegada de um convidado, a sede do momento e a futura, o bom sabor do vinho e não importa mais nenhuma outra razão. Provérbio italiano



Quando o vinho está servido, há que bebe-lo! Logo que o meu copo está vazio encho-o e quando está cheio esvazio-o! À vossa saúde, senhores, senhoras!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pearl Bay - Cap Red


Já há alguns anos que venho tomando este vinho. Ele esta sempre disponível nas prateleiras dos Supermercados Zona Sul por um preço bem razoável.
As últimas duas safras não estavam lá muito boas, mas este ano, este vinho simples, mas bem honesto, esta muito bom.
Ele é um corte de Cabernet Sauvignon, Cinsaut e Pinotage. É produzido pela KWV International, um dos gigantes da Africa do Sul na produção de vinhos.
Mesmo sendo um tinto, ele incorpora o uso do Screwcap no lugar das tradicionais rolhas de cortiça. Para um vinho simples isto é bem razoável e prático. Além disso, não há na garrafa qualquer menção a composição do vinho, bem como sua safra.
Apesar disto, este vinho é bem honesto e sua relação custo benefício é muito boa. Ele esta por cerca de R$18,00 reais.
Vamos ao vinho:
Na taça, vermelho granada com bordas violáceas. Lágrimas bonitas e espessas.
No nariz, frutas vermelhas maduras, especialmente ameixas e amoras.
Na boca, vinho com bom corpo e acidez equilibrada. Fácil de beber e bem agradável. Combina muito bem com petiscos de queijo ou com carne vermelha grelhada.
Se voce ainda não conhece um vinho Sul-Africano, este pode ser um bom começo desta descoberta.
E se você anda tomando vinhos mais simples da Argentina ou Chile, tenho certeza que irá ver neste aqui uma boa opção.

sábado, 18 de setembro de 2010

Castillo de Montearagón - Reserva - 2003


Achei este vinho "perdido" numa gôndola do Supermercados Pão de Açúcar.

Não foi exatamente uma barganha, mas como gosto muito dos vinhos Espanhóis, resolvi compar duas garrafas por cerca de R$40,00 cada uma.

Boníssima surpresa, pois o vinho muito me agradou e achei então a relação custo benefício muito boa. Vale a pena e muito.

Ele é um corte de Tempranillo, Gamacha e Carinena, sendo mais de 70% da primeira cepa.

Vamos ao vinho:

Na taça, vermelho rubi intenso, quase negro. Lágrimas boas e bonitas.

No nariz tabaco, madeira, pimenta, frutas bem maduras. Agradável e equilibrado

Na boca, bem macio e fácil de beber. Combina bem com carne vermelha e molhos bem encorpados.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cotes Du Rhône - Masson Dubois - 2006


Vez ou outra escrevo aqui que conseguir um vinho oriundo da Europa por um preço módico é muito difícil. Mas felizmente não é impossível.
Este vinho muito me agradou e tem uma ótima relação custo benefício. Encontrei-o por cerca de R$25,00 na Menuespecial.com.br.
Com certeza não é um top de linha, mas se trata de um vinho bastante honesto e bem feito. É um corte de Grenache, Syrah, Cinsault, Carignan, Mourvedre, Calirette e Bourboulenc.
Uvas típicas desta região que produzem vinhos leves e aromáticos.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi com lágrimas esparsas, mas bonitas.
No nariz frutas vermelhas maduras e um pouquinho de baunilha e madeira.
Na boca, um vinho macio, fácil de beber com boa persistência e final.
Combina bem com carnes leves ou até mesmo uma pizza.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Falando de Uvas - Sangiovese e Nebiolo



Finalizando nossa série sobre uvas, chegamos as mais importantes uvas da Itália.

A Sangiovese é a uva dos Super Toscanos , dos Chianti e dos Brunellos de Montalcino. Vinhos poderosos, encorpados e de grande estrutura.

Por sua vez a Nebiolo é a uva dos Barolos. Vinhos lendários e cada vez mais famosos pelo mundo afora. Com grande estrutura e taninos marcantes, são vinhos notadamente de guarda.

Dificilmente você encontrará um vinho identificado por estas uvas, como os varietais típicos muito comentados aqui no blog.

Estas uvas, quando muito apareceram no contra-rótulo e nada mais. De modo geral tantos os Chianti, principalmente e os Barolos são vinhos de corte e, portanto compostos de mais de uma uva.

Para estes vinhos, não tem pechincha, não tem barganhas. Os bons vinhos são caros e não são facilmente encontrados em supermercados por exemplo. O melhor lugar para degustá-los e comprá-los e lá na Itália mesmo.....rsrs

Há muitas outras cepas (dezenas na verdade), mas me concentrei nas mais comumente encontradas. Mais de 90% dos vinhos disponíveis nas gôndolas e lojas virtuais são das uvas comentadas.

Acredito que com esta série meus caros leitores possam ter uma boa idéia das características e origem destas mais importantes uvas. Bom proveito a todos!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Marraso Chardonnay - 2009



Às vezes, devo confessar, compro um vinho simplesmente porque simpatizo com seu rótulo. E este foi o caso. Rótulo bonito e bem simpático.

Encontrei este vinho no Supermercado Pão de Açúcar por cerca de R$20,00.

Esta é uma vinícola relativamente pequena e para mim desconhecida.

Grata surpresa, pois achei o vinho bem agradável e, portanto uma boa compra.


O vinho:

Na taça amarelo palha, levemente esverdeado nas bordas.

No nariz, frutas ainda verdes como maça, pêra, abacaxi.

Na boca, bem agradável com uma acidez interessante para combinar com um prato de peixe ensopado ou até mesmo bacalhau.

Enquanto o estava tomando, notei que quando ficou mais frio, ficou mais agradável ainda. Estimei que em torno de 8°C ele fica no ponto.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ugolforte - Brunello de Montalcino - 2003


Todo apreciador de vinho sempre tem uma garrafa guardada para uma "ocasião especial'. Pois bem, eu também sempre tenho algumas garrafas...

E veio a ocasião especial: Dia dos Pais, minha filha, aspirante a cheff resolve me presentear com um almoço muito especial (costela de búfalo ao forno com batatas coradas, aspargos frescos, tiramissu de sobremesa...tudo uma delícia, tudo muito maravilhoso, ainda mais vindo de suas ainda inexperientes mãos, mas com um carinho e uma dedicação difíceis de não se encantar. Maravilhoso).

E tudo ficou melhor ainda na companhia deste fantástico Brunello de Montalcino.

Este eu tive o privilégio de comprá-lo em Montalcino, cidade linda e encantadora, numa loja de vinhos mais encantadora ainda. É a Disneylândia dos enófilos....

Este é aquele vinho que fica até difícil descrever, pois é de uma intensidade, complexidade e principalmente um conjunto perfeitos. Sempre que tomo um vinho desta estirpe, faço o mesmo comentário: existem vinhos e VINHOS....Este sem dúvida é um VINHO...

Na taça vermelho rubi com reflexos violáceos nas bordas, lágrimas consistentes e bonitas.

No nariz de tudo um pouco, desde frutas bem maduras, couro, chocolate, especiarias, herbáceo, nozes, café...enfim um vinho muito complexo e elegante.

Na boca macio, totalmente equilibrado, taninos no ponto. Este é um 2003 mas com certeza teria potencial para mais uns 3 anos em adega...

Resumindo um vinho perfeito e inesquecível. Infelizmente só comprei uma garrafa.....fica a vontade de voltar a Toscana, a Montalcino nem que seja só para comprar mais uma....

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Falando de Uvas - Cabernet Franc

Irmã mais leve da Cabernet Sauvignon, esta cepa é muito comum em vinhos de corte, conferindo a estes equilíbrio e maciez.

Há também algums varietais, porém são poucos comuns, pois são vinhos que tendem a ser menos estruturados.

Em Bordeaux, França, esta sempre presente nos vinhos de corte em conjunto com a Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Carmenere e Petit Verdot.

Recentemente não encontrei um único rótulo desta cepa em um varietal. Curiosamente há aqui no Brasil alguns rótulos que vêm apostando nesta cepa, mas por serem vinícolas menores, nem sempre os encontramos facilmente.

sábado, 7 de agosto de 2010

Falando de Uvas - Pinot Noir

Uva emblemática da Borgonha, sudoeste da França. É a uva dos famosos e caríssimos Romanée-Conti e Volnay.

São vinhos potentes e longevos. Únicos e com uma estrutura soberba.

Esta presente também na composição do Champagne, juntamente com a Chardonnay e Pinot Meunier.

Esta uva ficou muito conhecida também através de um filme americano chamado Side Ways (aqui no Brasil "Entre Umas e Outras"), onde um aficionado por vinhos viaja pela Califórnia, visitando vinícolas e sempre alardeando as qualidades desta cepa. O filme é muito interessante e tem belíssimas cenas de diversas vindimas.

Muitos especialistas a classificam como uma uva "temperamental", pois seu cultivo e manuseio são bem difíceis.

A África do Sul tem conseguido bons resultados. Chile e Argentina estão também fazendo apostas e já há um bom número de rótulos.
Eu pessoalmente ainda não me empolguei com os vinhos que tive a oportunidade de degustar.



quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Falando de Uvas - Tempranillo


A uva da Espanha. Na região da Rioja, reina absoluta.
É muito comum também em Portugal, na região do Douro, onde é conhecida como Aragonez ou Tinta Roriz.
É uma uva que se adapta muito bem a climas secos e quentes.
Além de Espanha e Portugal, algumas outras regiões estão fazendo experiências com ela, como Argentina e Uruguai.
Vinhos elaborados com ela são macios, perfumados com presença de couro, morango, chocolate e especiarias. Frutas secas sempre aparecem também.
Um dos melhores vinhos que já tomei, o primeiro que comento neste blog é um Espanhol com 90% desta uva. Trata-se do inesquecível Faustino I, um vinho soberbo e muito elegante.
Campo Viejo e Campo Lindo são rótulos fáceis de se encontrar por aqui que dão uma boa amostra da riqueza de cepa.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Falando de Uvas - Tannat

Mais uma cepa de origem Francesa que encontra aqui pela América do Sul uma boa condição de cultivo e desenvolvimento.

Assim como a Malbec tornou-se a uva da Argentina, a Tannat esta hoje fortemente ligada ao Uruguai.

Mesmo para nós brasileiros, fronteiriços, o Uruguai ainda é uma novidade na produção de vinhos. Mas na verdade eles têm hoje uma área de cultivo bem expressiva e é nesta cepa que estão apostando para o mercado externo, principalmente o Brasil.

Na França, sua terra de origem, ela esta quase sempre presente em cortes, juntamente com a Merlot, produzindo vinhos de bom corpo e equilíbrio.

Aqui no Uruguai, como em quase todo novo mundo, esta se apostando nos varietais.

Por ser uma uva muita rica em taninos, os vinhos varietais serão assim bem encorpados e longevos, combinando com carnes e comidas fortes.

Poucos rótulos estão disponíveis nos mercados e as lojas virtuais são as melhores opções para encontrar alguns exemplares.

Até por falta de opções, ainda não consegui provar um rótulo que tenha me empolgado. É esperar para ver o quanto o Uruguai vai nos cativar com esta novidade.

sábado, 31 de julho de 2010

Club des Sommeliers Valpolicella - 2008



Este é mais um vinho desta marca exclusiva do grupo Pão de Açúcar.

A proposta da marca é trazer vinhos do mundo todo, selecionados e com preços atrativos.


Neste caso, somente o preço é atrativo, custando cerca de R$19,00, certamente é um vinho bem em conta.


Mas, infelizmente a seleção não foi muito feliz. Suponho que venha a ser um vinho comprado a granel de vinícolas menores e então envasado sob esta marca.


Mesmo com toda a estrutura do grupo, este vinho confirma que é muito difícil trazer um vinho da Europa minimamente razoável por este preço.


Vamos ao vinho:


Na taça, vermelho rubi com reflexos violáceos na borda, poucas lágrimas confirmando a graduação alcoólica declarada de 12%. Vinho ralo.


No nariz.....bem no nariz, nada....sinceramente: cheiro de pano de chão molhado....e mais nada.


Na boca, vinho sem corpo, taninos quase nulos. Um gosto indefinido, lembrando vinhos de garrafão...


Enfim, um vinho muito ruim e que de forma alguma tem alguma coisa a ver com os bons vinhos desta denominação. Um Valpolicella merece algo melhor para ter este título no rótulo.

Woodbridge Twin Oaks Chardonnay

Uva emblemática nos EUA, a Chardonnay esta muito bem representada aqui neste ótimo vinho. Durante muito tempo os Americanos só tomavam Chardonnay, criando inclusive uma falsa idéia de que seriam simplistas e pouco exigentes.

Isto de certa forma fez com que os varietais desta uva fossem considerados vinhos menores e sem valor.

Eu gosto muito desta uva e quando alguém me solicita uma indicação de um vinho branco, é no Chardonnay que sempre encontro a melhor escolha.

Esta é a linha mais básica de vinhos da Robert Mondavi, mas nem por isso são vinhos menores.

Este aqui tem também uma ótima relação custo benefício, se comprado no Free Shopping (USD$15,50). Vinho muito agradável e fácil de beber.

O vinho:

Na taça amarelo dourando bem claro, com reflexos bonitos nas bordas.
No nariz, maracujá maduro, pão tostado, manteiga, melão...tudo simples mais muito rico...
Na boca um vinho macio, gostoso com uma acidez correta e agradável.

Excelente vinho para acompanhar um peixe ou apenas beliscos como uma brucheta de vegetais ou frios leves em final de tarde na varanda, boa companhia....harmonização perfeita.




domingo, 25 de julho de 2010

Falando de Uvas - Torrontés

Ainda pouco conhecida aqui no Brasil, esta é sem dúvida a segunda uva da Argentina.

De origem Espanhola, próxima a Moscatel, produz vinhos refrescantes e aromáticos.

Na Argentina a maior e mais importante região produtora fica na província de Salta e na região de Cafayate estão as mais importantes vinículas produtoras deste delicioso vinho.

Esta região se destaca pelo clima extremamente seco e pela altitude.

Isto resulta em vinhos bem refrescantes, minerais e com muitas frutas cítricas no aroma.
A mim traz lembranças dos Pinot Grigios Italianos.

Infelizmente os boníssimos e baratos vinhos desta região não são fáceis de encontrar por aqui e quando sim, seu preço esta longe das barganhas por lá comuns.

O vinho da foto abaixo, maravilhoso, custou no restaurante $35,00 pesos, o que equivale a mais ou menos R$17,00....

Mas aos poucos isto deve mudar, pois como fez com a tinta Malbec, a Argentina esta investindo bastante nesta cepa e em breve, acredito, teremos muitas opções no mercado.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Falando de Uvas - Shiraz ou Syrah



Pouco comum aqui na América do Sul, esta uva tem grande popularidade na Austrália e África do Sul onde se adaptou muito bem e aparece em muitos rótulos de varietais.


Sua origem em princípio é também Francesa, porém é provável tratar-se de uma variedade de outras uvas menos comuns para vinificação.


Tem pele bem escura o que é bastante interessante na composição de vinhos de corte.


Na França aparece quase sempre em cortes junto com a Cabernet Sauvignon. Aqui pelos lados da Argentina e Chile os varietais produzidos não têm sido empolgantes.


Vindo do lado de lá, Austrália e África do Sul, surgem vinhos mais encorpados e bem frutados, mais ainda de taninos bem presentes fazendo destes vinhos uma opção bem característica.


Para meu gosto pessoal ela é uma uva perfeita para um vinho de corte, pois ajuda equilibrar e tonificar este vinho.



sexta-feira, 16 de julho de 2010

Señorio De Los Llanos Crianza - 2005



Belíssimo exemplar de um vinho Espanhol. Como já escrevi aqui sou um fã incondicional dos vinhos Espanhóis e este aqui esta com certeza no meu rol.

Vinho bem encorpado, de cor bonita e com uma estrutura admirável.
Não é um super vinho, até porque não é esta a proposta destes vinhos.
Eles estão mais para a delicadeza e elegância, nos dando um tremendo prazer ao degustá-los.
E este aqui não deixa nada a dever.

O vinho:
Na taça, vermelho rubi com reflexos violáceos brandos nas bordas. Lágrimas singelas, porém persistentes.
No nariz, madeira, especiarias, café e nozes.
Na boca macio e redondo com um final bem saboroso.
Combina muito bem com carnes vermelhas e ensopados.
Excelente relação custo benefício. Procure na www.menuespecial.com.br que esta com um bom preço.

domingo, 4 de julho de 2010

Falando de Uvas - Sauvignon Blanc

Mais uma uva de origem Francesa, confirmando o porquê da importância da França como celeiro das principais castas viníferas.

A Sauvignon Blanc esta muito bem distríbuida pelo mundo todo, mas é no chamado novo mundo que se tem produzido quantidades bem razoáveis de varietais com ela.


Bons rótulos são produzidos na Nova Zelândia e África do Sul. Aqui mais perto, no Chile há alguns destaques também.


Na França é a uva do famoso Sauteners, vinho de sobremesa espetacular.


Dela se produz vinhos secos, leves, refrescantes e com acidez equilibrada. Ótima companhia para pratos leves e beliscos.


Peixes, ostras e até mesmo comida Japonesa são uma boa harmonização.

Para alguns ela é mais elegante e completa que a Chardonnay, considerada uma uva de vinhos mais óbvios...

Eu sou apreciador das duas variedades, mas quando quero um vinho refrescante e principalmente para um prato bem leve, não tenho dúvidas que esta é minha escolha.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Falando de Uvas - Malbec



Também originária da França, esta uva hoje esta fortemente associada a Argentina.

Duas são as principais razões para isto. Em seu País de origem ela raramente aparece em um varietal, sendo mais comum seu uso em cortes que nem sempre têm as uvas identificadas.
Na Argentina por sua vez se adaptou muito bem tanto ao solo como as condições de insolação. Ela precisa de mais tempo de exposição para uma perfeita maturação.

Na Argentina, então, os vinicultores tinham uma uva bem adaptada e com uma estrutura bastante versátil para produzir varietais que têm tido reconhecimento internacional.

Produz vinhos encorpados, de cor escura e densa com taninos presentes e acidez equilibrada. De um modo geral são vinhos para serem consumidos jovens.

Rótulos como Achaval Ferrer e Val de Flores receberam notas acima de 92 pontos em algumas safras.

Harmoniza muito bem com carnes vermelhas, tornando-se par perfeito para o prato predileto dos Argentinos.


domingo, 27 de junho de 2010

Falando de Uvas - Merlot
















De cor bem escura, tem seu nome em alusão a um pequeno pássaro comum no interior da França que tem esta coloração. Esta é a uva da França.

Em certas regiões é a principal uva e sobrepuja a Cabernet Sauvignon em área plantada.

Delicada e de difícil manejo, pois é muito suscetível a fungos e mofo, exige cuidados especiais durante todo o tempo de desenvolvimento.

Quando vinificada em um varietal, resulta em vinhos macios e muito frutados. Vinhos que ficam prontos para beber relativamente cedo, pois há pouca estrutura e taninos, estes importantes em vinhos que se pretende que evoluam com o tempo. Têm-se assim vinhos mais fáceis de beber.

Com estas características, junto com a Cabernet Sauvignon faz um par de ótimos resultados. Ela "doma" a Cabernet Sauvignon, equilibrando o vinho e dando-lhe aspectos de maciez e fruta.

Nestes vinhos de corte podem-se obter vinhos longevos e que irão evoluir muito bem, muitas vezes ao longo de vários anos.

Uma boa indicação é se estas com dois vinhos varietais da mesma vinícula, o Merlot tenderá em ser mais macio, frutado e vai combinar bem com muitos pratos "vermelhos". Será menos agressivo que um Cabernet Sauvignon, por exemplo.

Em vinhos mais elaborados e mais caros, sua presença irá demonstrar a tentativa de um vinho equilibrado e complexo.




































sábado, 26 de junho de 2010

Falando de Uvas - Chardonnay

Entre as uvas brancas não há uma que seja tão popular e tão cultivada como a Chardonnay (se pronuncia chardoné ). Nativa da França, na Borgonha, esta uva é cultivada em todo mundo.

É a uva mais plantada do mundo. Em algumas regiões produtoras, como Nova Zelândia e África do Sul, é a primeira referência em vinhos.

De fácil plantio e manejo, adaptou-se muito bem em diversos tipos de solo.

Por ser uma uva de pouca estrutura, sua vinificação é melhorada com passagem em barris de carvalho, tal como os vinhos tintos. Desta forma ganha cor e aromas amanteigados e macios.

É uma uva que expressa muito bem o chamado "terroir" de um lugar, pois é o solo que vai ficar marcante nela e portanto no vinho também. Se o terreno é de calcário, este aspecto mineral estará no vinho. Se próximo ao mar, o frescor e até mesmo a salinidade aparecerão.

Mas seu grande destaque é ser composição na grande maioria dos espumantes, inclusive o Champagne. Junto com as Pinot Noir e Pinot Meunier nos brindam com este vinho maravilhoso.

Dos vinhos que mais temos acesso, os Chilenos em minha opinião, têm os melhores Chardonnays.
Considero os vinhos desta uva "fáceis" de se beber e então uma ótima opção como primeiro vinho àqueles que desejam se iniciar a este bom prazer.

Bebericar um bom Chardonnay no final da tarde com uns petiscos é tudo de bom...


sexta-feira, 25 de junho de 2010

Falando de Uvas - Cabernet Sauvignon


Com este, pretendo iniciar uma série de tópicos falando sobre as principais uvas viníferas.
A idéia é familiarizar meus caros leitores com estas frutinhas que resultam no nosso precioso vinho.
A primeira não poderia ser outra que a Cabernet Sauvignon. Ela é chamada de "rainha das uvas", pois está presente estima-se, em pelo menos metade dos vinhos tintos que se bebe pelo mundo afora. Sozinha nos varietais (vinhos elaborados de uma única casta) ou nos de corte ou "assemblage" (vinhos elaborados com 2, 3 ou mais castas) há rótulos das mais variadas origens com sua presença.
Por ser uma uva muito resistente e versátil se adaptou muito bem em praticamente todas as regiões produtoras do mundo. No Chile, por exemplo reina absoluta como uva tinta.
Em Bordeaux na França é a primeira nos cortes mais famosos daquela região, em conjunto com a Cabernet Franc e a Merlot.
Nos EUA cerca de 25% da produção é de Cabernet Sauvignon.
Entre suas características marcantes estão os taninos bem definidos e estruturados. Remete sempre a frutos escuros maduros, como ameixa e amora. Pimentão e azeitona surgem com frequência também, a depender da região onde está plantada.
Por estas características polivalentes, até mesmo Países com tradição em uvas próprias, como Itália e Espanha, já estão usando esta "estrangeira" para compor seus melhores vinhos.
Em nosso mercado, os varietais desta uva da Argentina e Chile são sempre os mais acessíveis.
Por esta razão esta uva vai aparecer com bastante frequência nos rótulos mais populares.


sábado, 19 de junho de 2010

Bordeaux, o que há de especial neste lugar?


Se você gosta de vinho já deve ter ouvido algo sobre esta região da França.
Mas afinal porque Bordeaux ou Bordéus é tão famosa?
Neste lugar você vai encontrar os mais caros, os mais famosos e considerados por muitos os melhores vinhos do mundo.
Não necessariamente nesta ordem e não necessariamente um vinho com os três adjetivos ao mesmo tempo.
Bordeaux fica no Sudoeste da França e é cortada pelos rios Garone e Dordogne. Esta exatamente no paralelo 45 norte. O solo da região é predominantemente calcário. Esta próximo também do oceano Atlântico.
Estes e mais alguns fatores transformam esta região praticamente no lugar perfeito para se produzir uvas viníferas.
Esta combinação ideal originou então um número muito grande de produtores e dentre eles àqueles que ficaram muito famosos no mundo.
Hoje muitas vezes, já não se discute propriamente o quanto os vinhos de Bordeaux são bons, mas sim seu valor. É fácil encontrar vinhos que uma única garrafa custa cerca de R$5.000,00 ou até mais.
É em Bordeaux que existe a mais famosa denominação de origem do mundo. A dos Premier Cru. Somente cinco vinhos têm este privilégio.
Châteu Lafite-Rothschild
Château Margaux
Château Latour
Château Haut-Brion
Château Mouton Rothschild
São vinhos caríssimos e vendidos no mercado futuro como commodities tal como ouro e petróleo.
Em minha modesta opinião estes vinhos deixaram de ser apenas vinhos e se tornaram objetos de desejo e portanto seu preço nada tem a ver com qualidade ou relação custo/benefício.
Não consigo imaginar que um vinho que custe R$5.000,00 possa ser 100 vezes melhor do que um que custe R$50,00. Mas por se tratar de um objeto de desejo, há quem com certeza ache que sim....
Existe uma quantidade enorme de denominações de sub-regiões dentro de Bordeaux. Isso confunde muito e como não podia deixar de ser, há muitos vinhos ruins que ostentam nomes bonitos. Desta forma é importante procurar informações antes de comprar um vinho desta região.
De qualquer forma há muitos vinhos de Bordeaux que são bons e acessíveis a nós simples mortais. Infelizmente, aqui no Brasil isto é um pouco mais difícil devido principalmente a diferença de cambio e é claro, aos impostos muito altos. Estes impostos podem chegar a mais de 100% quando considerado o efeito cascata...
Enfim, viajando para a Europa ou simplesmente passando pelo Free Shopping, não deixe de procurar vinhos desta região. Há sempre a chance de uma barganha e os vinhos de lá valem o esforço.