segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Decifrando Rótulos - vinhos Argentinos e Chilenos

Entender os rótulos dos vinhos é o primeiro passo para tentar comprar algo que lhe agrade. A cena é bem comum. Diante de uma gôndola de supermercado, inúmeras opções. E ai? O que levar? O quer dizer aquele monte de nomes?

Resolvi começar estão esta "tradução" usando como exemplo vinhos Argentinos e Chilenos, pois não dá para deixar de perceber a verdadeira invasão destes, principalmente em supermercados. Já houve casos em que em vi uma gôndola inteira onde não havia um único rótulo nacional por exemplo. Tudo do Chile e Argentina.

A principal razão disto tem a ver com a qualidade cada vez melhor dos vinhos destes países e é claro os preços, principalmente dos vinhos mais simples, sempre bem em conta. E diga-se de passagem, mesmo estes vinhos simples conseguem agradar bastante.

De um modo geral, os vinhos mais populares como os Chilenos Santa Helena, Santa Carolina, Concha y Toro, Cousino Macul e os Argentinos Trapiche, Bisonte, Angaro, etc... são vinhos varietais (feito majoritariamente de uma única uva). Desta forma, a primeira informação que nos interessa no rótulo, além da vinícola ou nome do vinho é a uva da qual ele foi elaborado.

Assim nos vinhos Chilenos você vai encontrar as seguintes uvas:

Tintos: Cabernet Sauvignon, Merlot, Carmenere, Shiraz, Cabernet Franc.
Brancos: Chardonay, Sauvignon Blanc, Riesiling.

Nos Argentinos serão estas as uvas mais comuns:

Tintos: Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Shiraz.
Brancos: Torrontés, Chardonay, e recentemente Pinot Grigio.

Outra informação importante é o ano da safra do vinho. O ano ali estampado, indica o ano da colheita/início de produção do vinho. Assim, encontramos neste ano de 2009, vinhos de 2008 e anteriores.

Vinhos jovens, tendem a ser bem frutados com pouco corpo e estrutura. Safras mais antigas, desde que tenham sidos liberados pela vinícula mais tarde, normalmente referem-se a vinhos mais elaborados, com mais corpo e estrutura.

As palavras Reservado e Reserva vão aparecer com frequencia, principalmente nos Chilenos, significando Reservado uma breve passagem em madeira (que pode ser barrica ou grandes tonéis) e Reserva ou Gran Reserva que indicará que foi em barricas seu envelhecimento. Este tempo de envelhecimento não é padronizado, mas de um modo geral os Reserva ficaram entre 4 e 6 meses e os Gran Reserva entre 6 e 8 meses ou até mesmo um ano.

Os destaques nestes dois países ficam por conta da uva Carmenere do Chile, que propagandeia muito o fato desta uva ter sido extinta na Europa e então reencontrada e que até então era confundia com a Merlot.

Na Argentina a campeã é a Malbec. Produz vinhos intensos e bem estruturados. Esta uva se adaptou muito bem à região de Mendoza.

Nos brancos, a Chardoanay reina absoluta no Chile e a Torrontés é a campeã da Argentina.

No vinho da imagem, temos então um vinho da vinícula Concha y Toro, que tem o nome Don Melchior e é produzido a partir das uvas Cabernet Sauvignon e a safra, que não aparece na imagem é 2006.
Boas compras.

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