sexta-feira, 30 de abril de 2010

Alamos Cabernet Sauvignon 2008


Em recente viagem a Argentina, este foi o primeiro vinho que lá tomei, pois estava no restaurante do hotel e não havia muitas opções. Gratíssima surpresa.
Este vinho é produzido pela famosa Vinícula Catena Zapata, que produz vinhos de altíssima qualidade e renome como os D V Catena e Angelica Zapata. São vinhos premium e disputam notas nas principais publicações do mundo com vinhos da França, Itália, Espanha, etc...
Este Alamos, seria assim o primeiro vinho desta vinícula, o mais popular e simples. Mas foi elaborado com muito capricho.
Metade dele passa 9 meses em barricas de carvalho Francês e a outra metade em carvalho Americano, o que confere ao vinho bastante estrutura e qualidade.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho rubi intenso com lágrimas espessas e bonitas. Reflexos violáceos nas bordas.
No nariz muita fruta vermelha madura, ameixa, amora, couro e baunilha bem presentes também.
Na boca um vinho sedoso e macio. Bem equilibrado e agradável. É fácil abrir uma segunda garrafa. Um vinho muito elegante.
E o melhor, uma ótima relação custo benefício. Aqui no Brasil voce pode encontrá-lo em várias lojas da internet. Na Mistral (mistral.com.br) esta por cerca de R$30,00 a garrafa.
E um adendo, uma vez comprando na Mistral regularmente eles lhe enviam seus catálogos de vinhos e acessórios. São magníficos. E além de bonitos contém muita informação.
Uma boa dica.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Figaro rouge 2006 (Mas de Daumas Gassac)


Ao fazer minha primeira compra com a Mistral (mistral.com.br) me deparei com este vinho com um preço razoável. Fico sempre desconfiado, pois vinhos do velho mundo, quando baratos são quase sempre sinônimo de coisa ruim, como já escrevi aqui algumas vezes.
Este vinho esta por cerca de R$31,00 na Mistral e é claro trata-se de um vinho bem simples, mas que fica interessante como contraponto aos vinhos do chamado novo mundo. É um vinho bem leve, em que nada é marcante, como por exemplo o excesso de fruta dos Chilenos e Argentinos.
Um vinho para o dia a dia e com um toque de leveza típico dos vinhos franceses.
Na taça vermelho granada com lágrimas medianas.
No nariz, morango, groselha, tudo bem tênue.
Na boca um vinho leve e relativamente macio. Fica melhor quando esta ao redor dos 18/19 °C.
É um vinho para ser acompanhado de comida. Uma almoço leve e do dia a dia.
Um bom exercício é fazer uma degustação as cegas comparando-o com um Sul Africano ou Chileno bem típico (um Tarapacá Gran Reserva, por exemplo) e ai procurar capturar as nuances e características de cada um.
Não é um vinho de primeira linha (aliás é um vin de pays, ou vinho de mesa), mas é bem interessante.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Casa Valduga Premium - Merlot - 2005


Como já escrevi aqui outras vezes, a ausência de rótulos nacionais não é proposital, mas uma consequência.
Vou falar um pouco desta consequência:
A cerca de 1 ano e meio comprei duas garrafas deste Casa Valduga Cabernet Sauvignon.
A primeira garrafa tomei imediatamente. A experiência não foi boa, mas resolvi então guardar a segunda garrafa para uma análise posterior.
Recém chegado de uma viagem pela Argentina, resolvi então colocar este vinho a prova.
Acho que não foi uma boa idéia, pois acho que estava muito exigente....rsrsrs.....
Brincadeiras a parte, uma vez mais, apesar de não ser minha intenção neste blog, tenho que criticar um vinho.
Cada garrafa me custou cerca de R$40,00. Definitivamente não vale a pena. É com certo pesar que escrevo, pois gostaria muito de estar comparando-os com vinhos daqui mesmo dos nossos hermanos. Não tem como, por R$40,00 esperava algo muito melhor.
Vamos ao vinho:
Na taça vermelho granada, com lágrimas bonitas.
No nariz, couro, azeitonas pretas, frutas bem maduras, mas muito fechado.
Na boca áspero e sem equilíbrio. Meio amargo no final.
Enfim, um vinho sem estilo, sem equilibrio.
Em minha opinião nossas vinículas deveriam investir naqueles vinhos que realmente tenham potencial, os brancos e espumantes, e definitivamente aceitar que não temos terroir para os tintos.
Na Argentina, por cerca de R$20,00 toma-se vinhos muito competentes e que somente comprovam que uma frase simples serve para definir bem até mesmo este sofisticado mundo do vinho: "CADA QUAL NO SEU CADA QUAL".
Então é isto, enquanto um vinho intitulado "premium" se apresentar desta forma, consequentemente vou ter que continuar escrevendo e bebendo mais dos vinhos de outras terras...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vinho Tinto no balde de gelo. Pode?


O assunto é recorrente e muitos já escreveram sobre. Porém, volta e meia sou arguido sobre este tema. Então ai vai:
O mantra de que vinho tinto se bebe na temperatura ambiente já esta caduco e todo mundo sabe que isto se refere a Países / Regiões de clima temperado. Mesmo assim, nestes locais não é esta a temperatura ambiente durante todo o ano. Portanto, antes de tudo o importante é que a guarda do vinho seja feita na temperatura adequada. Se você tem uma adega climatizada, algo em torno de 15°C ajustado é bem razoável. Bons restaurantes sempre terão uma adega climatizada.
Assim, uma vez servido o vinho irá aquecer lentamente e ao final da garrafa provavelmente estará a temperatura ambiente. É claro que estamos falando de temperaturas ambientes razoáveis para se apreciar um vinho tinto. Mesmo em lugares frios, nos recintos que normalmente se esta tomando vinho, a temperatura provavelmente estará por volta dos 23 °C, considerada a temperatura de conforto. Então esta elevação não será tão rápida e em certos aspectos irá até beneficiar a degustação, nos permitindo observar as variações que irão ocorrer.
E o vinho no balde de gelo? Pois é, se isto é necessário é porque provavelmente ou o vinho estava armazenado de forma incorreta (muito acima dos 15°C mencionados), ou esta fazendo um calor danado. Neste caso eu tenho uma sugestão: saque uma loira bem gelada e deixe este vinho para um dia mais propício. Outra opção: um espumante, ai sim no balde de gelo, vai fazer bonito e é bem agradável.
Gelar um vinho tinto vai fazê-lo ficar muito tânico (prendendo a boca) e seus odores e sabores irão desaparacer. Uma leve resfriada para contornar um imprevisto é razoável, mas sempre com a atenção de não deixá-lo ficar muito frio.
A propósito, a temperatura ideal para vinhos tintos é entre 16 °C e 18°C. Menos para vinhos leves e ligeiros e mais para vinhos mais estruturados e encorpados.

Estou no Supermercado e resolvi comprar um vinho. O que levar?


Cena comum em frente as gôndolas de vinhos em algum supermercado. A pessoa olha, olha e meio perdida acaba usando o critério do preço, geralmente optando por algo a meio termo entre os vinhos mais populares. Mas fica muito na dúvida se esta comprando corretamente e se efetivamente àquele vinho irá agradar.
Se você não é um experimentador compulsivo (categoria que me incluo), tente usar os seguintes critérios básicos:

1 – Com o que este vinho será tomado?

Esta pergunta é muito importante, pois se você tem em mente um jantar ou apenas bebericar com aperitivos, a diferença será grande na hora da escolha.
Vejamos:

Se for para acompanhar um jantar, é provável que você tenha já definido qual será o prato principal. Sendo assim é ele que deve ser seu guia na hora da escolha do vinho:

Pratos “vermelhos” e/ou condimentados (carnes vermelhas, massas bem encorpadas, molhos condimentados, etc...), irão pedir um vinho tinto (primeira fase da escolha). Quando mais encorpado/estruturado o prato, mais assim também deve ser o vinho (segunda fase da escolha).

2 - E como identificar isto no meio de tantas marcas e origens?

Vinhos jovens e em especial os do novo mundo (no nosso caso, principalmente Chile e Argentina) serão em princípio vinhos leves e bem frutados, o que lhes confere a característica de corpo médio sem muita estrutura.
Vinhos de safras mais anteriores (estamos em 2010, portanto vinhos de 2006 ou anteriores e com a indicação de Gran Reserva ou Reserva), já começam a entrar na classificação de vinhos mais encorpados e estruturados. Vinhos da Europa, de safras anteriores provavelmente indicam também vinhos com mais estrutura e corpo. (veja bem que isto é apenas uma indicação, não uma regra, por isto é importante estar sempre experimentando).

3 - Se o prato é “branco” e leve (peixes grelhados, frango em molho leve, massas com ricota e espinafre, etc....) um vinho branco é o mais indicado.

Neste caso, a uva irá nos guiar mais facilmente quanto a estrutura e corpo. A campioníssima Chardonay costuma ser uma boa pedida sempre, pois resulta em vinhos bem agradáveis e de corpo médio o que combina com quase tudo.
Outras uvas como a Sauvignon Blanc, Riesling, Semillon, tendem a produzir vinhos mais leves e refrescantes o que confere uma boa opção.
Os brancos de Portugal (especialmente os Verdes) são também bem refrescantes e combinam bem com peixes e petiscos leves.
4 - Mais se a opção é bebericar com petiscos, opte por vinhos mais leves e frutados e dê especial atenção aos brancos. Um espumante costuma fazer um bom par neste casamento.

E lembre-se, estes aperitivos devem ter um critério, pois coisas muito díspares irão complicar uma harmonização razoável. Assim sendo, queijos muito fortes (roquefort, por exemplo), salgadinhos apimentados, frituras em geral, não irão combinar com frios, queijos leves, sopas, canapés etc...
Enfim, imagine o que irá comer, sua cor e sua intensidade. Dai parta para as gôndolas já filtrando suas opções.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Alfredo Roca Reserva de Família - Tempranillo - 2004


Como já escrevi algumas vezes aqui no blog, quando falamos de um vinho acima dos R$50,00, normalmente estamos falando de um vinho que provavelmente irá nos agradar.
Este aqui não foje a regra. Custando cerca de R$60,00, não é exatamente um vinho para o dia a dia, mas é uma excelente compra.
Tomei este vinho sem muito compromisso, mas sua qualidade apareceu logo na taça, com um vermelho rubi intenso e lágrimas bonitas.
No nariz, tabaco, couro, frutas vermelhas maduras, um pouco de especiarias. Muito rico e complexo. Dá para ficar apreciando seus odores um bom tempo.
Na boca um vinho gostoso, harmonioso, macio. Muito equilibrado. É fácil notar o cuidado e esmero na produção deste vinho.
Vai bem com carnes vermelhas ou massas encorpadas.
Este é um vinho que vale a pena tê-lo em sua adega.

sábado, 10 de abril de 2010

Dignus - Malbec 2007



Os vinhos Dignus são o resultado da parceria dos Supermercados Zona Sul com produtores Argentinos. Já postei aqui sobre um Sauvignon Blanc que muito me agradou.

Agora gostaria de apresentar este outro que é um Malbec.

Este é o vinho que pode ser chamado de honesto. Muito agradável e principalmente com um preço bem em conta. Esta por cerca de R$18,00 no Zona Sul Supermercados. Eu diria que ate hoje é a melhor relação custo/benefício que já provei.

Na taça vermelho rubi intenso com lágrimas bem persitentes.

No nariz frutas maduras, nozes, madeira, caramelo e um pouco de especiarias.

Na boca o vinho esta bem redondo, macio e agradável. Ótima companhia para um prato de carne com temperos ou uma massa bem carregada.

Pelo seu preço e qualidade é uma excelente vinho para o dia a dia. Se você anda tomando muitos Santas da vida do Chile não deixe de provar este vinho, tenho certeza de que irá se surpreender.